24.6.11

Desespero



Estou me sentindo completamente sozinha e não sei o que fazer.






Estou à beira de um precipício e tudo que me vem à mente é o desejo incessante de me deixar cair.






Minha voz emudeceu e tudo o que quero e gritar por socorro, a face marcada por lágrimas agora está pálida e sem vida.






Nem mesmo o frio cortante parece dar-lhe cor.






Estou sozinha






*Este curto texto dedico ao meu amigo, Fillipe, aliado e confidente. Como lhe disse outro dia, não precisa fazer esforço algum para manter o título de adorado em meu coração, pois, o faz com tanta naturalidade que é impossível não gostar de você. Grandes beijos!









~T.

5.6.11




Mutável como a lua, era ela. Cheia de energia e tinha um brilho próprio. Mas seu comportamento dependia das fases...




Ela possuía um encanto digno de uma deusa. Dependendo do cenário, podia se dizer que ela era apaixonante.




Confraternizava das uniões noturnas e era testemunha dos acontecimentos da noite. Mas não possuía ninguém para si.




Dizia que ninguém podia acompanhar as turbulências de suas monções e vivia fingindo sorrisos, sobrevivendo com seus sonhos em raios de prata.




Até que conheceu aquele que possuía o espírito do lobo. Feroz, impenetrável, centrado, determinado e que sempre seguia seus instintos. Ele possuía o coração de um verdadeiro caçador e guerreiro. Sua paixão era a noite, pois nela é quando tudo fica mais nítido e ele pode fazer suas presas. Encontraram-se por acaso e se encantaram um pelo outro com a mesma facilidade em que uma libélula encontra a água pura.




Seu romance durava toda a noite e acabava quando o sol se fazia presente.




Eles se encontravam perante aos raios em uma dança sedutora. Compartilhavam do vinho e da carne. Dividiam o tempo e descobriam o mundo.




Porém, ele possuía o espírito do lobo. E assim como os lobos ele seguiu seus instintos em busca de um novo local de caça. Enquanto ela continuou na eterna dança dos raios mutáveis da lua.




Ela sabia que um dia os ventos o trariam de volta ao seu caminho. Mas o romance dos dois dependeria de suas fases.












~T.

1.6.11

Não é um Adeus...








Sabe... Eu não acredito que essa dor um dia passará

Acredito apenas que me acostumarei com ela.



Eu poderia muito bem continuar bancando a teimosa e ficar correndo cegamente atrás de você, ou esperando que volte. O que nós dois sabemos muito bem que jamais acontecerá... Mas, mesmo assim meu coração teima em querer tentar... Não posso culpá-lo, apenas segurar seu desejo.



Também não acredito que o tempo cure tudo. Ás vezes jogamos muita responsabilidade sobre ele, não acha? Esperamos que ele apague tudo aquilo que nós não conseguimos ajeitar... Tudo aquilo para o quê não conseguimos arranjar uma solução, todos aqueles problemas que gostaríamos que nem tivessem começado...



Não creio também que um dia tudo melhorará, nem que o futuro esteja reservando algo esplêndido. Algo grandiosamente bom, para nenhum de nós.



Apenas creio que em momentos como esses nós devemos ter força. Pois apenas ela pode ajudar em algo... Quando sentimos dor e não desistimos, essa dor se transforma em força. E assim conseguimos agüentar o peso em nossos corações. Então... A dor diminui. Não que propriamente uma parte dela suma, apenas conseguimos sustentá-la... Assim como as lembranças, você não as esquece, apenas aprende a conviver com elas. Se acostuma, então não se tornam tão freqüentes...



Por isso digo que jamais o esquecerei e que nada no mundo me fará deixar de amá-lo.



Apenas rezo pedindo forças; assim terei um meio de sempre tê-lo comigo...



Sei que jamais deixarei de sofrer por você, mas, pelo menos, não será tanto...




Eu te amo D.




~T.